Publicado em: 17/04/2015
Mesmo não passando por uma crise, é necessário manter o incentivo ao aumento do consumo per capta no Brasil
Apesar da saúde financeira do País estar de mal a pior, com consequências quase que irreversíveis ao setor produtivo, existem ainda aqueles que permanecem otimistas e estimam perspectivas positivas para 2015, ao contrário da grande maioria. É o caso da suinocultura, que no ano passado já rendeu bons frutos ao criador e apresenta uma boa série.
A tão esperada crise econômica, segundo o presidente da ABCS (Associação Brasileira dos Criadores de Suínos), Marcelo Dias Lopes, ainda não interfere, de forma imponente, na criação de suínos. “Para este ano, os preços estão se ajustando. Mesmo não passando por uma crise, é necessário manter o incentivo ao consumo interno, que hoje é responsável por 85% da produção”, relata Lopes. Esse trabalho, conforme ele, é fortalecido nas regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste do País, já que pelo Sul a ideia já foi disseminada. “Esse polo de consumo pode aumentar e trabalharemos para isso”, ressalta. A expectativa para o Brasil é depender cada vez menos das exportações e fortalecer o comércio dentro do País, já que as possibilidades de fidelizar clientes estrangeiros são praticamente impossíveis e complexas, devido a grande concorrência entre os países produtores.
A concorrência entre os Estados Unidos e países da América do Sul, citada pelo presidente da ABCS, é a principal geradora dos impasses relacionados às questões sanitárias quando se fala em exportação do produto. Mas, Lopes afirma que as alegações um tanto quanto negativas não passam de jogos comerciais. As parcerias público-privadas tentam amenizar a situação, preparando o País para atender as expectativas dos compradores, principalmente a Rússia. O valor bruto da produção em 2014 foi de R$ 12,2 bilhões, e mais de US$ 1,6 milhão exportados.
(Marina Kessler)
