Publicado em: 17/04/2015
Uma das lutas mais antigas da categoria é a política do preço mínimo
A suinocultura é considerada uma atividade cíclica e avança conforme as expectativas ao setor em todo o mundo. Por isso, os suinocultores precisam ter segurança e cautela na hora de investir em sua produção. Uma das lutas mais antigas da categoria é a política do preço mínimo, instituída para garantir valor de comercialização exclusivamente para produtores e cooperativas. O tema foi abordado ontem durante o Fórum de debate sobre bem-estar animal e a lei da integração, no Centro de Eventos Ismael Sperafico, em Toledo, na tarde desta quinta-feira, 16 de abril.
O governo federal utiliza os preços mínimos, basicamente, de duas formas: para comprar produtos dos produtores e conceder empréstimos a eles e também a cooperativas para estocagem. Atualmente, são utilizados para empréstimos e execução de outros instrumentos de apoio à comercialização. Os estoques públicos são bem menores do que foram no passado. O governo compra cada vez menos dos produtores e cooperativas para compor os estoques públicos, e os custos indiretos de quem produz estão cotados abaixo do valor de mercado.
Segundo o presidente da ABCS, Marcelo Dias Lopes, uma vez que se abaixam os custos, o governo federal é obrigado a entrar com esses mecanismos de proteção, facilitando crédito ao produtor e evitar que os pequenos e médios suinocultores – maioria no País – entrem em colapso e enfrentem crises irreversíveis, tendo como única alternativa o abandono da atividade. “Em 2002 e 2012, passamos por uma crise absurda e até conseguir acionar mecanismos como a política do preço mínimo, passou-se muito tempo e foram perdidos muitos suinocultores. Isso não pode acontecer, pois prejudica a cadeia. O governo precisa acionar, sem discussão, esta alternativa e evitar que se percam ainda mais produtores”, afirma Lopes.
(Marina Kessler)
