Publicado em: 05/05/2015

Governador Beto Richa autorizou a contratação de 169 novos servidores para a Agência de Defesa Sanitária do Paraná

O governador do Paraná, Beto Richa, assinou na quinta-feira, 07 de maio, decreto que autoriza a contratação de 169 novos servidores para reforçar a equipe de fiscalização da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). A medida amplia a capacidade de vigilância sanitária do Paraná, que é fundamental no processo de reconhecimento internacional da erradicação da Peste Suína Clássica (PSC), que já está consolidada no Estado, e dá início ao processo que visa declarar o estado como área livre de Febre Aftosa, sem vacinação.


“A estruturação da Adapar é uma importante conquista e reivindicação antiga do setor agropecuário paranaense. Um compromisso que firmamos com o setor e estamos cumprindo”, afirmou o governador. “Os novos técnicos que irão compor o quadro da autarquia vão garantir o atendimento de qualidade necessário para os nossos produtores rurais”, disse Richa.


Ele destacou a importância da agricultura e da pecuária para a economia paranaense e brasileira. “O setor gera divisas para o Brasil, ainda mais no momento de crise financeira. A agricultura tem salvado o nosso País, garantindo divisas e o superávit na balança comercial brasileira”, ressaltou. “Nada mais inteligente que garantirmos as condições favoráveis para o fortalecimento e desenvolvimento dos produtos agropecuários no Estado do Paraná”.



EXPORTAÇÃO


Entre 2011 e 2014, o Paraná exportou uma média de US$ 9,5 bilhões ao ano em carnes suína, bovina e de aves, o que representa 15% das exportações brasileiras. Segundo o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, o reconhecimento internacional de áreas livres de peste suína clássica e de febre aftosa dará ao Paraná mais condições de vender a produção de bovinos, suínos e aves em mercados mais exigentes, que não compram de áreas onde essas doenças representam risco, como os Estados Unidos, China e Hong Kong. “A receita poderá ser ampliada com a possibilidade da produção agropecuária paranaense acessar esses mercados”.


“Temos em vista o acesso da produção pecuária paranaense em mercados internacionais mais seguros, que pagam melhor, mas também exigem a contrapartida de importar de lugares que tenham a chancela de área livre da febre aftosa”, explicou Ortigara. “Como não temos casos clínicos de febre aftosa há mais de dez anos e temos evidências de que o vírus não circula na América há três anos, avaliamos que agora é o momento de pleitear este status”, afirmou.


De acordo com o secretário, a contratação de médicos veterinários, engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas, que representa um reforço de 31% na equipe técnica da Adapar, vai ampliar a capacidade do Estado de promover o controle de pragas na lavoura e a sanidade animal. A autarquia já conta com 544 servidores. “Com isso, o Estado cumpre o seu ofício de zelar pela principal fonte de riquezas do Paraná, que é a agropecuária”, disse.



RECONHECIMENTO


Com as contratações, o governador Beto Richa enviou à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, pedido para que o ministério autorize as providências para a efetivação de medidas de avaliação objetivas para o Paraná ser reconhecido internacionalmente, já em maio de 2017, como área livre de febre aftosa sem vacinação.


Essa avaliação envolve, entre outras medidas, a suspensão das campanhas de vacinação contra febre aftosa no Estado, sorologia nos rebanhos bovino e bubalino e auditorias dos serviços que estão sendo realizados em todo o Estado.

“A ampliação do quadro técnico da Adapar é necessária para adequar a estrutura de defesa agropecuária do Paraná aos novos desafios”, afirmou o presidente da Adapar, Inácio Kroetz. “A agência foi criada não apenas para dar continuidade no trabalho de defesa sanitária, mas para evoluir nesse sentido. E só vamos conseguir avançar com mão de obra qualificada”, ressaltou.

Além das contratações, o governador Beto Richa autorizou a reforma e adequação de 23 postos de fiscalização localizados na divisa com os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, que também vão contribuir para ampliar a vigilância e fiscalização do trânsito interestadual de animais e subprodutos de origem animal, expostos a maiores riscos.



APROVAÇÃO


Entidades do setor agropecuário aprovaram a ampliação do quadro da agência de defesa, que vai representar um avanço para o setor. Para o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, o governador Beto Richa cumpre uma promessa junto ao setor ao fortalecer a Adapar. “Para darmos um passo adiante, precisa-se de uma estrutura adequada e de técnicos capacitados. O governador está cumprindo um compromisso que assumiu com o setor”, disse.

Meneguette anunciou que o sistema Faep/Senar vai oferecer um curso de especialização para 30 técnicos da Adapar na área de elaboração de projetos.

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), Ademir Mueller, ressalta que a medida também atinge positivamente os trabalhadores e pequenos agricultores. “A agricultura familiar também vai se beneficiar com o fortalecimento da Adapar, já que ela também vai se inserir neste mercado”, afirmou. “Além disso, a abertura de novos mercados vai ampliar o número de empregos no campo e aumentar a renda dos trabalhadores rurais”, ressaltou.



AVANÇOS


O secretário Norberto Ortigara ressaltou que a contratação de novos servidores representa mais um avanço entre uma série de medidas tomadas pelo Governo do Estado para ampliar o comércio da produção agropecuária paranaense. Ele citou a disponibilidade de 135 unidades locais de saúde animal e vegetal, a realização de 277 convênios para postos de atendimento nos municípios dotados com profissionais habilitados, a instalação de 33 postos de fixos e 11 unidades volantes de fiscalização.

Há também avanços importantes na informatização dos serviços da Adapar, como a emissão eletrônica de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e inserção do Paraná na Plataforma de Gestão Agropecuária, o aperfeiçoamento do cadastro de agrotóxicos para ampliar o uso de produtos registrados e autorizados e o aumento do rigor sanitário e boas práticas de produção nas plantas industriais, graças a convênios com as indústrias.

Ortigara destacou, ainda, o controle de enfermidades como tuberculose e brucelose, o georreferenciamento de mais de 21 mil barracões aviários e de matrizeiros de suínos existentes no Estado, uma ferramenta eficaz para a vigilância sanitária, além do avanço no relacionamento entre as indústrias e a Adapar.



PRESENÇAS


Participaram do evento a secretária da Administração e Previdência, Dinorah Nogara, o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, o superintendente Federal de Agricultura no Paraná, Gil Bueno de Magalhães, o ex-ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, e representantes de entidades do setor agropecuário, incluindo representantes da Associação Paranaense de Suinocultores (APS).

 

(Fonte: Agência de Notícias do Paraná)

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