Publicado em: 13/05/2015

A eliminação da vacinação dos rebanhos do Paraná contra a febre aftosa foi defendida pelo presidente da Associação Paranaense de Suinocultores, Jacir José Dariva


O possível fim das campanhas de vacinação contra a febre aftosa no Paraná, que elevará o status sanitário do estado, deve contribuir sobremaneira para a abertura de novos mercados, especialmente os mais exigentes na questão sanitária, como o Japão, e permitirá que a carne suína obtenha melhor preço nas exportações dessa proteína animal.


O assunto foi tema de audiência pública no início da semana, no plenarinho da Assembleia Legislativa, em Curitiba, com debates envolvendo os setores da bovinocultura e suinocultura do Paraná, além de autoridades e lideranças do agronegócio, incluindo o secretário de Agricultura Norberto Ortiga e o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná – Adapar, Inácio Kroetz.


A eliminação da vacinação dos rebanhos do Paraná contra a febre aftosa foi defendida pelo presidente da Associação Paranaense de Suinocultores, Jacir José Dariva, que falou em nome dos criadores de suínos do Paraná.


“É uma condição que perseguimos há tempos. Santa Catarina, por exemplo, já tem esse status há 8 anos e se beneficia dessa situação, com números expressivos nas exportações da carne suína daquele estado, que obtém melhores preços”, expõe Dariva, ao fazer uma comparação entre o preço da tonelada da carne suína pago pela Rússia, cotado em R$ 2,7 mil, contra os R$ 5 mil pagos pelo Japão, um mercado mais exigente.


Quanto aos questionamentos se o Paraná terá condições de realizar o controle necessário das divisas com outros Estados e com o Paraguai e a Argentina, o presidente da APS entende que a nomeação de 169 novos fiscais da Adapar ocorrida na semana passada e os investimentos nas 23 barreiras fixas usadas pela Agência de Defesa Agropecuária do estado é a clara demonstração de que o Estado está preocupado com a questão e disposto a apostar no crescimento das exportações.


“Com o reforço na equipe da Adapar e os investimentos feitos pelo Estado haverá mais condições de serem fiscalizadas as áreas de divisa e o rebanho do Paraná”, ressalta o presidente da APS.


Os suinocultores paranaenses estão apostando em novas oportunidades no mercado exterior e defendem, também, as repercussões positivas no campo social, com garantia de empregos e de abertura de novas vagas nas granjas.


Dariva acredita que o Brasil sairá ganhando com o avanço do status sanitário. “Se nós passarmos a vender para os mercados mais exigentes, outros estados brasileiros irão atender os menos exigentes", destaca. Ele lembra que o Paraná é o terceiro maior produtor de carne suína do País e que este mercado tem mais impacto na economia, gerando mais emprego e mais renda, que a bovinocultura, setor que tem se posicionado contra o fim da vacinação.


 

AFTOSA: APS acredita que fim da vacinação favorecerá exportações