Publicado em: 07/08/2015

A Cooperativa Frísia, novo nome adotado pela Batavo, investiu R$ 40 milhões em infraestrutura e tecnologia na Unidade de Produção de Leitões

A Frísia inaugurou na zona rural do município de Carambeí, localizado na região dos Campos Gerais do Paraná, onde mantém sua sede, uma Unidade Produtora de Leitões (UPL) modelo, já configurada no novo conceito da suinocultura do futuro e baseada nos quesitos da sustentabilidade, sanidade e bem-estar animal, com otimização dos recursos em busca dos melhores resultados econômicos na atividade.


A UPL foi construída pela Frísia Cooperativa Agroindustrial (nome que passa a ser adotado pela Cooperativa Batavo) e é apontada como a granja mais moderna do país, sendo modelo como a primeira desse tipo de instalação, com sistema de gestação coletiva do Brasil. Os investimentos chegaram a R$ 40 milhões, sendo R$ 13 milhões de recursos próprios da Frísia, e o restante financiados junto ao Banco do Brasil. Compõem também o total de investimento outros R$ 80 milhões, sendo metade desse valor dos produtores associados, em estrutura para fazer a engorda dos animais até o abate (com financiamento junto ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e outros R$ 40 milhões em capital de giro para investir nas demais atividades que compõem a cadeia produtiva.


A cerimônia de inauguração, realizada neste dia 6 de agosto, contou com a presença do presidente da Cooperativa Frísia, Renato Greidanus; do Governador do Paraná, Beto Richa; do Secretário de Estado de Agricultura e Pecuária do Paraná, Norberto Ortigara, dentre outras autoridades, incluindo representantes da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), que representaram o sistema suinícola do estado paranaense na ocasião.


O evento foi realizado em um dos barracões que serão utilizados como ‘creche’ dos animais. Outros seis barracões compõem o complexo, sendo quatro granjas de ‘reprodução’ e outras duas de ‘maternidades’. O complexo tem 30 mil m² de área construída.


A UPL terá cinco mil matrizes (fêmeas), que deverão chegar no final de agosto – a inauguração ocorreu previamente pelo controle sanitário adotado. “Após a granja receber as matrizes, não entram pessoas que não sejam das operações; e não entram mais animais”, explica Greidanus. Um dos principais diferenciais da unidade é a tecnologia de ponta empregada. Segundo esclarece Mauro Sergio Souza, gerente de negócios pecuários da Frísia, “as unidades voltadas à produção de suínos serão fechadas, com controle de alimentação, de água, com climatização (temperatura) e velocidade do ar”. A unidade também terá produção de biogás para aquecimento interno e reuso da água e está dotada de tecnologia que garante o novo conceito da suinocultura, incluindo o bem-estar animal.


CAPACIDADE


Os leitões da UPL inaugurada pela Frísia sairão da unidade com 22 quilos e serão destinados a 35 produtores cooperados que farão a engorda (terminação) durante três meses, até que sejam encaminhados, com 115 quilos, para o frigorífico das cooperativas ABC inaugurado há cerca de quatro meses, em Castro, na mesma região. Na UPL, cada matriz dará à luz a cerca de 30 leitões por ano, o que devem totalizar aproximadamente 150 mil animais/ano e o equivalente a 17 milhões de quilos de carne. O frigorífico já está abatendo 2,4 mil leitões por dia, mas quando em capacidade plena, poderá abater 9,3 mil. Parte da carne suína produzida será destinada para exportação, e também comercializada no mercado interno através da marca ‘Alegra Foods’, utilizada pelas cooperativas que integram o sistema na região Sul do Paraná. No caso da Frísia, o negócio deverá elevar entre 10 a 15% o faturamento da cooperativa.


Vale registrar, ainda, que recente Assembleia Geral Extraordinária mudou o nome de uma das mais antigas cooperativas do Brasil, a Batavo – que completa 90 anos em 2015, para Frísia Cooperativa Agroindustrial. Atualmente no mercado há, também, a marca Batavo, a qual pertence à BRF. “A linha de produtos lácteos e carne Batavo não pertence mais à cooperativa; hoje temos produtos próprios”, afirma o presidente da Frísia, Renato Greidanus, ao informar que os produtos à base da carne suína passam a serem comercializados com a marca “Alegra”.

FRÍSIA INAUGURA UPL MODELO EM CARAMBEÍ, NO PARANÁ